terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Apenas um dia qualquer

Era um dia qualquer, o pai de Lewis foi pega-lo em seu colégio. Ele entrou no carro, e acidentalmente fechou a porta do carro do seu pai com brutalidade. Seu pai o encarou com um olhar de desprezo, o olhar não era para seu filho, mas sim para tal ação que já ocorrera várias vezes quando ele entrava e saia do carro. “Desculpa!” disse o garoto olhando para o pai após ter franzido totalmente o rosto com um sinal de esquecimento e arrependimento.
O carro começou a se movimentar, e eles chegaram a rua principal da zona sul da cidade. Ao entrar na rua começou a tocar uma música no rádio no qual o garoto já tinha ouvido. Ele sabia que Já ouvira aquela música, pelo menos o começo dela antes de mudar para outra rádio. Mas dessa vez ele parou de respirar e apenas escutou a música soar no carro. Ela falava sobre árvores. “Filho, você nunca reparou que as coisas mais simples são as mais belas? Árvores são coisas tão simples, mas ninguém fala delas nem observam a sua beleza...”.
O garoto parou de ouvir, mas seu pai continuava falar, ele pensou apenas no trecho no qual escutara e olhou pela janela. Observou no canteiro três árvores, se recordava bem o nome dela, era “Ipê”. Lewis sabia o nome dessa planta, pois Sua mãe o levara uma vez para o parque e ele em um momento de distração tropeçou na raiz de uma e caiu com o queixo em uma pedra, e foi aplicado quatro pontos em seu ferimento, “ele tropeçou em um pé de um ipê” dizia sua mãe para o médico que os atendera.
Os “Ipês” haviam florido, e ele ficou totalmente abismado com a beleza que emanava daquelas três simples árvores com flores roxas. Lewis estava maravilhado, e enquanto o carro se distanciava daqueles símbolos de simplicidade e beleza o garoto os acompanhava com a cabeça. Até chegar o ponto de elas sumirem no meio do cinza morto da cidade.

Um comentário:

  1. lindo meu filho, as coisas mais belas são as mais simples. vivemos em um mundo que agrega cada vez mais valores, de mentiras, de egoísmo e nos esquecemos que as coisas mais belas não tem valor.
    continue assim.
    ALEXANDRE PAIVA

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