terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Chamas Alegres

O fogo havia se iniciado,
   Enquanto aquele ingênuo garoto queimava Papéis, sentia prazer. O cheiro da fumaça penetrava em suas narinas, às brasas que saiam do fogo ,ardiam com uma luz intensa, caíam em seus pés, logo se apagavam, mas o garoto nem parecia notar.
“Ai!” Disse ele após sentir o forte calor concentrado em um único ponto do seu pé esquerdo. Esfregou o pé na areia e voltou a observar as chamas que agora nem estavam tão forte. Lembrou-se do seu antigo colégio, onde o mesmo era a origem do material que alimentava aquela chama. Lembrou-se daquela escola na qual tinha passado os piores momentos de sua vida. Lembrou-se do alvo de chacota que era naquele recinto inútil. E lembrou-se que era alvo de ataques verbais, e sempre agradecera por tais ações nunca terem sido físicas.
Apagaram-se as chamas que emanavam ódio. Estava na hora de voltar para casa. Um forte cheiro de fumaça era expelido do seu cabelo macio e sedoso que por muitas vezes sempre causara inveja a quem quer que fosse. Chamou seus amigos que o acompanharam Que também queimaram objetos que os faziam relembrar daquele ano escolar. Um deles estava sem camisa, pois como não tinha nada a carbonizar naquele fogo claro que Consumia tudo o que estava ao seu alcance, jogou sua camisa.
O ambiente ia ficando para traz. Dava para se ver o local do crime ecológico que se havia cometido. Aquele garoto morava ali perto. Chegou à porta do seu condomínio despediu dos seus amigos e entrou no bloco onde morava. A cada passo que dava ecoava um som estrondoso fazendo-o parar e subir mais devagar para que pode-se apreciar o som. Abriu a porta de sua casa. Seus pais o olharam e deram um leve sorriso, ele sorriu de volta bebeu um copo de água e desceu as escadas para mais um dia de diversão entre amigos, pois agora sabia que podia ser feliz e saber que quando chegasse o ano que vem ,ele teria uma preocupação a menos.

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